A minhoca é um animal invertebrado, aeróbio, pertencente à classe dos anelídeos, visto possuir um corpo segmentado em partes iguais; tem respiração cutânea (respira pela pele) e, apesar de hermafrodita (possui os dois sexos), a minhoca não se auto-fecunda, necessitando de outra minhoca para se reproduzir.
As minhocas, após atingida a maturidade sexual, reproduzem-se durante grande parte do ano, acasalando-se normalmente à noite durante 2 a 3 horas, na superfície do solo. Os óvulos fecundados são libertados no solo no interior de um casulo, dando origem cada um deles a uma minhoca. Oito minhocas adultas podem originar 1500 minhocas em 6 meses desde que as condições de humidade, oxigênio, luminosidade e nutrientes sejam favoráveis.
A boca da minhoca está situada na extremidade que fica mais perto do clitelo (a parte mais espessa do corpo) e como não tem dentes (não morde), só se pode alimentar de material de pequeno tamanho, amolecido pela humidade e pelos microorganismos. As minhocas são capazes de regenerar a cauda mas não a cabeça, ou seja, se uma minhoca tiver sido dividida em duas partes, apenas a parte que contém a cabeça regenera uma nova cauda.
As minhocas são saprófagas, isto é, alimentam-se de matéria orgânica morta, especialmente vegetais, que normalmente transportam para dentro das suas galerias. As minhocas não possuem olhos, mas os seus fotoreceptores são sensíveis à luminosidade, particularmente à luz do sol. A epiderme que abriga as células fotoreceptoras possibilita à minhoca distinguir a luz diurna da noturna, perceber pequenas vibrações, selecionar alimentos e parceiros.Estes saprófagos podem viver 5 anos ou mais, em condições favoráveis, e quando adultos pesam 1 g, podendo chegar ao tamanho máximo (12 a 20 cm) aos 7 meses. Quando uma minhoca morre, o corpo é rapidamente degradado.
Entre os grandes decompositores estes são os organismos que fazem a maior parte do trabalho de decomposição. Escavam e alimentam-se constantemente dos seres microscópicos que degradam plantas mortas e insetos em decomposição. Os seus movimentos arejam o composto e permitem a passagem de água, nutrientes e oxigênio. À medida que a matéria orgânica atravessa o sistema digestivo das minhocas ela é partida e neutralizada por secreções de carbonato de cálcio de glândulas calcíferas, situadas perto do canal alimentar dos vermes. O material é pois finamente moído antes da digestão. Os sucos intestinais ricos em hormonas, enzimas e outras substâncias fermentativas continuam os processos de degradação.
A matéria deixa o corpo dos vermes na forma de excrementos. Estes constituem uma matéria húmica rica e de grande qualidade. Os excrementos frescos são marcadamente mais ricos em bactérias, material orgânico, azoto disponível, cálcio, magnésio, fósforo e potássio que o próprio solo.
Algumas das vantagens da utilização do húmus de minhoca como adubo natural incluem:
-Não agressivo para o ambiente e fonte de nutrientes para as plantas, especialmente de azoto, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
-Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês.
-Contribuição para um pH mais favorável ao desenvolvimento das plantas.
-Redução da lixiviação e volatilização dos nutrientes das plantas.
-Entrada de água e ar facilitada.
-Drenagem controlada, evitando encharcamentos.
-Alteração da estrutura do solo, suavizando efeitos de erosão, compactação, impermeabilização e desertificação.
-Promoção da agregação de solos arenosos.
-População microbiana fixadora de azoto abundante.
-Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças.
-Absorção favorecida dos nutrientes pelas raízes das plantas.
-Aplicação possível em contacto direto com raízes, não queimando plantas novas.
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